22.12.08

mundo, mundo... vasto mundo

o mundo de dentro da gente é maior do que o mundo de fora da gente, cantava o andré abujamra no show de sexta passada. e eu ali, em silêncio, sendo engolida pelos mundos.

final de ano e encerramento de projetos. prometemos fazer tudo diferente. acalmar os ânimos, tomar "pé" das coisas do dia-a-dia e nos "recolher" um pouco. essa foi a combinação.
mas termina um projeto grande e novos se iniciam... e quando percebemos, em uma única reunião, já era maior do que seis sonhos juntos.

que venha o ano!

7.11.08

cesta orgânica

Já tem um tempo que tenho me incomodado em comprar vegetais no supermercado. Eu vou muitas vezes no supermercado. Compro sempre o que vou usar na semana. Daí fica aquela coisa de 1 tomate, 1 batata, 1 cenoura, 1 cebola e mais saquinho plástico do que vegetais.
Tenho ganas de levar só o vegetal pro caixa, mas da única vez que fiz, rolou aquele constrangimento da pessoa do caixa pegar na cebola... enfins, eles não entendem eu não querer colocar as coisas na sacolinha, e ir logo metendo tudo dentro da mochila. "Mas você não quer colocar nem o peixe na sacolinha?", "Moça, já tem dois saquinhos plásticos embalando o peixe, não precisa de mais um". Daí rola aquela cara de nojinho e pronto.
Enfins... isso e as conversas com uma amiga sobre os agrotóxicos... que numa família de fazendeiros eles elegem um só, que vai aplicar os agrotóxicos na plantação e, consequentemente, ter uma vida mais curta...
E a gente come o vegetal! E além de ingerir o tóxico, compactua com essa coisa triste toda.
Daí que eu comecei a pensar em maneiras de minimizar um pouco isso... e me alimentar melhor e sem tanta culpa.


Minha primeira tentativa foi a cesta vegetal. O sistema é simples: eles te mandam uma tabela (excel) com o que eles têm disponível (coisa pra chuchu!), você vai incluindo a quantidade de cada item e o valor já é somado automaticamente. A taxa de entrega é de 5, 20. Existe também a opção da cesta orgânica que é um "pacote fechado" (e grande, pra família) com vários itens e custa 32,00.

Fiz meu pedido. Eles entregaram na terça.

Vantagens:
Produtos orgânicos (não vamos matar ninguém e nem ingerir agrotóxico) de qualidade (nunca vi um manjericão tão lindo) por um preço inferior ao orgânico do supermercado.

Desvantagens:
Vem em sacos plásticos e em alguns itens vem no isopor (!). Alguém precisa ficar plantado em casa, pois eles não tem horário marcado pra entrega.

Recomendações:
Confira no momento da chegada. Veio faltando um item e só me dei conta no dia seguinte, quando fui preparar o almoço.

Eu poderia discorrer longamente sobre minha memória afetiva quanto a felicidade de descascar laranjas (fazia anos que não consumia laranja assim, descascada completamente, de preferência sem "quebrar a casca" e cortada em metades), de tirar a palha e os cabelinhos do milho verde (que por ser recém colhido, nem precisa de panela de pressão!), e de cozinhar e almoçar mais em casa... que essa coisa de comer fora todo dia já estava me entristecendo.

Recomendo a cesta. Mas minha próxima tentativa será alguma feira orgânica, pra tentar dar fim nos saquinhos plásticos da minha vida. Depois eu conto como foi.

26.10.08

do 29 no 25 - bolo de ameixa

quando minha mãe se casou, os dois irmãos mais novos de meu pai moravam junto com eles. um menino rebelde e uma adolescente que adorava ligar para os programas de rádio afim de ganhar algum prêmio anunciado.
era 7 de setembro. minha tia neusa tinha ligado para o programa e aguardava o resultado colada no rádio. o programa transmitia o desfile cívico. minha mãe, já cansada com aquelas fanfarras reclamou: "ah, neusa! desligue já esse rádio que não aguento mais ouvir essa barulheira!". minha tia, em vão, tentou argumentar quanto ao prêmio, mas não conseguiu convencer minha mãe. acabou por desligar o som.
no dia seguinte, ligou novamente o rádio. o apresentador não continha elogios ao bolo sorteado no dia anterior: "então, dona neusa... ligou para o programa, mas não esperou até o final... perdeu o delicioso bolo de ameixas da padaria x (ela não lembra mais o nome da padaria). o bolo recheado, coberto, delicioso... ahhhh, dona neusa... uma pena, dona neusa..."
minha tia retrucou minha mãe: "liguei para dar o bolo para você! eu ganhei, mas você perdeu!"
o que sucedeu ao incidente foi uma vontade infinita desse tal bolo de ameixas... dali em diante em todos os aniversários, minha mãe só fez bolo de ameixas... "pra ver se mata a vontade".

: )

ontem ela fez um pra mim!
e me contou essa estória...
e eu nunca soube o motivo de ter comido desse bolo em todos os aniversários da minha infância...

: )

25.10.08

tentei buscar na memória quando foi a última vez que me senti tão infeliz assim...

passei da histeria e das lágrimas dentro do capacete voltando pra casa, aos soluços altos que fizeram com que a gata me observasse de um canto bem longe na sala, até essa tristeza silenciosa e descrente que estou agora...

descrente, sim. e a estória do desejo grande que faz com que o universo conspire a favor?
e a expectativa cheia de brilho nos olhos?

caquinhos bem pequenos estraçalhados no chão... frustração.

21.10.08

pão de queijo

ontem estava folheando uns livros de culinária na livraria cultura... depois de ler várias receitas deste livro, e outras desse livro, tentei memorizar para tentar um pão de queijo bem mineiro. mas eu memorizei só vagamente.
já ouvi em algum lado que quando não se tem a receita, tem mais espaço para a imaginação (mas também para os disparates!).
fiz uma primeira tentativa ontem a noite, que julguei um pouquinho oleosa.
hoje de manhã refiz mudando a quantidade de óleo. mas ainda vou fazer mais uma alteração, pra que ele fique mais crocante por fora (colocar mais polvilho doce). e ainda fiquei com vontade de tentar com queijo meia cura (fiz com parmesão). quando tiver a receita mais acertada, coloco aqui. afinal, como dizia um professor meu "o auto-didatismo é um caminho árduo...")*. rs

.:. .:. .:. .:. .:. .:. .:.

só a título de organização minha.
1a tentativa:
1 copo de óleo (misturei com azeite)
1 copo de água
1 copo de leite (usei desnatado)
2 copos de polvilho doce
quase 150g de parmesão

2a. tentativa:
1/4 de copo de azeite (misturei com óleo)
1/2 copo de água
1/2 copo de leite (usei desnatado)
1 copo de polvilho doce
quase 100g de parmesão

a 3a. tentativa será:
1/4 de copo de azeite
1/2 copo de água
1/2 copo de leite
2 copos de polvilho
100g de parmesão

.:. .:. .:. .:. .:. .:. .:.

* mais fácil seria ter comprado o livro... rs. mas estou repensando o meu consumo e, recentemente, tenho ficado contente só em olhar os livros.

14.10.08

estômago

demorei pra ver e quase perdi. agora só está em 2 cinemas.
não perca!

e depois de ver, se estiver com fome (vai estar...), baixe o livro de receitas do filme:




* se clicar na primeira foto, entra no site do filme, e pode ver o trailler.
** se clicar na foto do livro, baixa em pdf.
# pneu: -52 reais. já está consertado.

# micrinho: parece que era só um resfriado. já não tosse, nem espirra.

# kassab na frente da marta: esse inferno ainda pode durar 4 anos...


: (

7.10.08

# kassab na frente da marta.



# monitor do laptop acendendo e apagando.



# pneu traseiro da moto furado...



# bom dia, inferno astral!

eu tricoto!

devo confessar que nunca fui uma tricotadeira entusiasmada. sempre achei um tanto monótono e demorado. sobretudo depois de ser apresentada (pela edna, mãe de uma amiga japonesa) ao versátil crochê e depois de me apaixonar pelos teares. mas isso foi até agora. lembro de ter tricotado na infância, mas já não lembro bem quem me ensinou. descobri recentemente que o tricô pode fazer curvas! e isso abriu toda uma nova gama de possibilidades! continua demorado, sim... ainda mais com a pouca prática que tenho com as 5 agulhas...

entrei num blog incrível! pelo que entendi, ela é brasileira e mora na califórnia. e, sozinha (!!!), tricota, explica com uma didática invejável, e faz a gravação, com direito a zooms e tudo o mais. a imagem, além de ter qualidade, demonstra que a moça é cuidadosa: usa agulhas e lãs mais grossas para demonstrar e faz isso com iluminação adequada e fundo contrastante!

confesso que já nem lembrava mais como colocava os pontos nas agulhas, mas me senti segura com as aulas de tricô da regina rogers (como fazer meias, em 4 capítulos). comprei agulhas e lãs para tricotar meias.

munida de uma lã nada monótona e, metida que sou, resolvi logo me aventurar misturando duas receitas... a confusão foi inevitável. várias carreiras feitas, desmanchadas (recuperar os pontos na agulha daria um post a parte...) e novamente refeitas, voilà:


agora é só começar tudo de novo!

16.9.08

"aquilo que em mim sente está pensando" f. pessoa

# questionamentos a parte, estou cheia de referências de coisas para ler, assistir e navegar.
# www.taggalaxy.de - entre uma tag, passeie pelas órbitas.
# tem essa instalação dos blinkerlights numa biblioteca, que é acionada por mensagens de celular. vale assistir.
# um termo que me ficou muito presente, que me instiga a pesquisar é a tal da propriocepção.
# surgiu uma denominação pra uma doença nova, a escopofilia. todos os blogueiros seriam escopofílicos em potencial? há quem se endivide na vida real para comprar um acessório no 2nd life... nunca cheguei a esse ponto.
# rá! mas eu adoro comprar na internet! tão rápido, tão fácil... quase indolor.
# por falar em comprar, tem o livro do oliver sacks, tão citado em várias palestras, sobre como os problemas neurológicos podem afetar a percepção.
# nessa mesma linha de raciocínio corpo-mente-percepção, tem mais dois livros...
# talvez agora eu tenha coragem de mergulhar na fenomenologia do merleau ponty. "nós somos o nosso corpo".
# nunca tinha ouvido falar da maria joão ceitil, uma filósofa portuguesa... "pôr o corpo a pensar".



* é, é... isso é mais um lembrete pra mim, que um post...

29.8.08

moqueca quase baiana


moqueca quase baiana
Upload feito originalmente por simonewicca
eis que as dez da noite me deu faniquito de fazer uma moqueca... e estrear o dendê trazido da viagem. era mais vontade de fazer que de comer. mas uma vez feita, o perfume do dendê foi muito convidativo... : )
apesar de eu ter trazido de lá também um livro de receitas, segue a receita que acabei fazendo intuitivamente.

400g de camarão (era congelado, mas foi comprado na promoção)
1/2 limão
1 colher chá de alho
1 tomate
1/2 cebola
1 pimentão pequeno (usei 1/2 amarelo, 1/2 vermelho que tinha na geladeira, mas gosto mais do verde, com sabor mais forte)
100ml de leite de coco
100ml de azeite de dendê
salsa desidratada (o ideal seria o coentro fresco, mas... eu não tinha)
sal

lave o camarão no suco do limão, junte alho e sal. reserve.
faça uma caminha com os vegetais (tomate, pimentão e cebola) em rodelas e deite o camarão sobre ela. agora cubra, de modo que o camarão fique entre os vegetais. regue com o leite de coco e com o azeite de dendê. ligue o fogo baixo e deixe cozinhar. acerte o sal.

durante o cozimento, vá retirando um pouco do caldo e colocando numa outra panelinha, pois com uma chuvinha de farinha de mandioca, em fogo brando e agitação constante, teremos um pirão bem gostosinho.

forre o fundo de uma frigideirazinha com azeite de dendê. doure alho ou cebola (ou os dois) no azeite e adicione farinha de mandioca e sal. torre a farinha e teremos uma farofinha amarela, de dendê.

sirva com arroz branco. e pimenta, claro!

27.8.08

uma viagem antropológica

Aqui não se preserva a arquitetura dos prédios tão bem quanto à herança histórica da escravidão. Está tudo lá. Ainda no aeroporto vi um negro ajoelhado no chão engraxando o sapato do branco (não tinha nem mesmo um caixote pra elevar o pé, nunca tinha visto alguém engraxar tão submissamente assim). Tem moço que vende colar, menino que pede, e mulher que se vende. Gente que te trata como se você lhe devesse algo. O assédio é muito! Mas felizmente também existe gente que “não se entregou a escravidão”.
Saindo um pouco de circuito mais turístico, as pessoas ficam mais amistosas e participativas (sem invadir).
Aconteceram inúmeras vezes: sempre que estávamos muito perdidos, misteriosamente surgia alguém pra dizer o caminho a seguir, e do mesmo jeito que aparecia, sumia sem pedir nada em troca.
A fundação Pierre Verger é humilde, mas faz questão de preservar as duas horas de almoço dos funcionários. É lá que tem a casa vermelha de xangô e o acervo de negativos. Na janela, a moringa não está coberta pela caneca: código pros amigos saberem que Verger está em casa.
No museu da santa casa da misericórdia tinha exposição de orixás. O sincretismo não é exatamente uma solução, mas foi uma saída para preservar minimamente a identidade religiosa do povo. As missas católicas são feitas ao som dos atabaques. O padre tem discurso político (socialista, veja só!) e apesar de explicar sobre o “voto-étnico”, acm neto está em primeiro lugar nas pesquisas... novamente aquela herança histórica, uma pena...
No Senhor do Bonfim a sala dos ex-votos têm milagres. As águas da lagoa da Abaeté são profundas, verdes, tentadoras... e a areia de uma alvura singular. O mar de itapuã é azul, calmo e a praia é rasa. Enfins, a geografia do lugar é qualquer coisa de incrível...
Tem a cidade baixa e a cidade alta. Para se deslocar há o elevador Lacerda, que demora aproximadamente 15 segundos pra subir ou descer, mas a vista do plano inclinado Gonçalves é melhor (e a construção me lembrou muito os elevadores portugueses), em qualquer um deles o transporte custa só 5 centavos.
A Bahia é negra. As ruas cheiram a azeite de dendê. As gargalhadas são altas. E mesmo no aparente silêncio da madrugada, se prestar bastante atenção vai ouvir batuques ao longe, mostrando que em algum lugar ainda há festa, seja de humanos ou de santo.
Existem baianas dos acarajés e as “baianas free-lancer” (só pra fotografar). A culinária tem influência africana, indígena e portuguesa. Eu poderia almoçar moqueca e lanchar acarajé todos os dias. Só seria difícil voltar ao trabalho depois do almoço (acabo de entender as sagradas duas horas de almoço dos trabalhadores).
O Mercado Modelo foi uma decepção, em compensação a Feira de São Joaquim foi o passeio mais improvável e curioso. Um carrinho de mão de cabrinhas amarradas: vivas e chorosas... galinhas d’angola caladas, galos cantantes, bicho vivo, bicho morto, em pedaços ou inteiros, camarão seco, frutas, folhas, incenso, artesanato de barro, figuras de candomblé, bebidas, temperos, gente... muita gente simples e boa, e também daquelas que botam medo, cochichando e fazendo negócios obscuros.
Foi uma viagem antropológica, sim.
E você?

Você já foi a Bahia, nêgo?

Não?

Então, vá!

12.8.08

meu irmão fez um foto-livro com as fotos da viagem dele e me presenteou. aquilo desencadeou a nostalgia de agosto... publiquei no flickr váááárias imagens de portugal (visível só para os contatos) e me dei conta de que isso acontecia anualmente. não sei exatamente por que, mas todo agosto eu fico nostálgica. e sempre faço uma reflexão sobre como estava um ano antes. fiz isso em 2005, depois 2006. e em 2007 eu já tinha me mudado e ainda não tinha internet, mesmo assim, botei um post de início de férias. estava esperando visitas.
bem, então, para a posteridade:

# já estou na casa da cabeça há mais de um ano e ainda tenho coisas encaixotadas. preciso me apropriar desse espaço que já é meu. isso me fez perder o sono essa noite, pensando em que tipo de prateleiras para os livros/armários/estante deveria comprar. também pensei em descartar coisas... por que a gente acumula muita coisa inútil nessa vida.

# parei de ouvir toranja e troquei por um tecnomacumba pra aquecer!

# "o sino da igrejinha faz belém-bléim-blaum".
# pretendo comer muitos acarajés nos próximos dias.

# e aproveitar pra fazer um "descarrego". : )


foto: pierre fatumbi verger

6.8.08

o bom das férias...


o bom das férias...
Upload feito originalmente por simonewicca
é poder se perder nos detalhes de um agradinho...

# 3 beringelas médias
# 1 cebola (usei roxa)
# 1 colh. sopa de alho
# azeite
# 1/2 xíc. de vinagre
# 1 colh sobremesa de orégano
# 2 pimentas dedo-de-moça (retirei um pouco das sementes)
# uvas passas
# azeitonas
# sal

-cortei as beringelas em metades. salpiquei sal e deixei no escorredor.
-refogar o alho, cebola no azeite. adicionar o vinagre, o orégano, as pimentas, uvas passas e azeitonas.
-lave e esprema as beringelas pra tirar um bocadinho do líquido.
corte em fatias fininhas e junte ao refogado. mexer sempre, para que cozinhe de maneira uniforme.
- acerte o sal.
-deixe esfriar e armazene em vidrinhos esterilizados.
-se estiver em férias: cubra a tampinha com tecido estampado e amarre com uma fita para presentear.

27.6.08

sou um ser concomitante

# ontem eu me vesti de noiva, e só não casei por que cheguei muito atrasada...

# hoje eu fui promovida e já gastei metade da promoção.

# amanhã?

23.6.08

# ontem eu revi aquele filme. tentei olhá-lo com bons olhos, mas continuo achando que desmontam o argumento do filme na primeira tomada, quando ele diz que "se contasse se eles se encontraram em viena estragaria a estória". ora, pois não foi isso o que eles fizeram ao montar uma continuação de um filme tão bom?

# achava que essa música era alegrinha, até entender direito a letra.

# mas eu gosto dela mesmo assim...

# estava lendo uma texto bonito do contardo... sobre um livro igualmente lindo.

# a tv estava ligada para a casa não ficar tão silenciosa. a banheira esquentava a água do banho. no microondas aquecia o jantar e no liquidificador pulavam as carambolas. puf. de repente, tudo ficou escuro. fiquei paralisada por um instante. olhei pela janela e estava claro lá fora.

# um disjuntor queimado e várias tomadas e lâmpadas que não acendem na casa.

# nem tem como não ler metaforicamente essa cena...

24.5.08

veste kimono

inspirada pela exposição do pierre verger e do bernard descamps, mais a visita à liberdade e o solzinho do fim de tarde, fiz um pequeno ensaio fotográfico para oferecer para minha mãe.

mais fotos aqui.

20.5.08

a internet é mesmo uma coisa fantástica...
hoje me deu vontade de reassistir um clip de há muitos anos atrás...
só que eu não lembrava o nome nem da cantora, nem da música.
só tinha na memória as cenas de desconstrução, os olhos da cantora (lembrava até que ela vestia uma camiseta com um dragão estampado)... e 3 palavras em inglês (sendo que uma estava errada!):
PERFECT
SKY
STORMS (na verdade TORN... nome da música).

achei e vi o clip...

29.4.08

# várias dúvidas não fazem uma certeza.

# plantou vento para ver se colhia tempestade...

# algumas certezas desfazem uma dúvida.

# esse aqui me deu vontade de comer torta de blueberry... e de também atravessar a rua.

# esse outro me deu vontade de levar um aspirador para passear...

# pra dançar créu tem que ter disposição...

# no final do domingo da virada eu estava tão cansada, tão cansada que estava meio "bêbada de sono", rindo sozinha e sem motivo.

# os outros time lapses estão aqui. e já que estou botando link, aproveita e vê esse daqui também, que apesar de ser de algum tempo atrás, também é muito bom e tem a mesma idéia de animação a partir de fotografias. adoro.

# segue a trilhazinha do filme, pra sonorizar o post:


27.4.08

Time-lapse na Virada Cultural

das 6h às 9h da manhã estivemos fotografando no alto do conjunto esportivo do sesc pompéia. a proposta era fazermos fotografias da mesma cena com intervalos de 10s entre elas. não me contive e quis fazer alguns movimentos de câmera. o resultado foi um making of do curso. clique no play e confira!

* teve até cobertura do programa vitrine. estamos cada vez mais chiques. rs

up date:

# video agora sonorizado pelo meu irmão.

# a oficina foi coberta pelo vitrine e foi ao ar hoje (04/05) às 20h; reprise na terça (06/05) também às 20h. eles me creditaram como aluna e eu estava trabalhando (acompanhando e registrando a atividade)... enfins... tomara que eu não perca o emprego por conta disso... rs.

20.4.08

8.4.08

um dia uma vizinha viu meu irmão bebê e pediu se podia brincar com ele e levá-lo para passear. quando ele voltou, tinha nas mãos muitos sequilhos de nata. como o danadinho tinha gostado do doce, a vizinha entregou junto com o bebê a receita. durante muitos anos vi minha mãe guardar nata. ela fervia o leite, retirava com cuidado a nata de cima, colocava num pote e guardava no congelador. fazia isso por semanas, lembro até de um "contra-bandos" de nata da avó, que também juntava diariamente. o leite era bem mais gordo na minha infância, hoje em dia, só desnatado. minha mãe fazia desses sequilhos. está na minha memória afetiva a paciência dela apertando com o garfo cada uma das bolinhas fazendo um # no meio. quando soube que no supermercado novo tinha nata para comprar, logo lembrei desses biscoitinhos. munida de um pote de natas, hoje liguei para ela. peguei a receita com a mãe, que aproveitou pra contar de onde surgiu essa receita que repetiu durante anos.

# 350g de nata (um pote)

# 1 medida (o pote da nata) de açúcar

# 1 ovo

# 1 colher (chá) de fermento em pó

# maizena até dar ponto de enrolar (calcule por volta de 500g)

cuidado para não assar muito.

26.3.08

por conta desse post do gui maranhão, fui ver into the wild. não sei se porque eu já estava abalada por vários ocorridos (entre eles, também o do post do 19.03), e inclusive o da ida até o cinema... o ônibus que eu estava atropelou um motoqueiro, o que me fez pensar nesses valores nossos. o motoboy que se arrisca diariamente para se sustentar... um pequeno deslize, e vai pra debaixo do ônibus. fora o mundo polido das aparências no qual vivemos. e a responsabilidade e influência que as atitudes de nossos pais para conosco (na maioria da vezes impensada) têm nas nossas escolhas, vícios e defesas inconscientes.
quebrar com os valores dessa sociedade maluca na qual vivemos atualmente já deve ter passado pela cabeça da maioria daqueles que tem um mínimo de bom senso.




esse filme me pertubou bastante. talvez por que o deslize que ele cometeu também não foi grande (perto de tudo o que aprendeu no caminho). talvez pela impossibilidade de "voltar à casa". mas talvez ainda mais ao perceber que justiça não tenha nada a ver com isso.

19.3.08

uma amiga foi agredida hoje. apesar de sermos bons em tirar partido das situações bizarras que nos ocorrem no dia a dia, dessa vez eu preferi não brincar com isso. além de cuidarmos de nossa própria sanidade, percebo como a cada dia estamos mais expostos à loucura alheia. é o cara que dá meia volta na castelo e bate em todo mundo, ou a mãe violenta que foi buscar o filho hoje aos gritos. gente surtando. tenho pena de não ter chegado antes no trabalho. reconheço um doente facilmente, teria chamado a segurança no primeiro momento. ela não. tentou conter uma bipolar e levou uns socos. doeu. doeu ver como estamos expostos.

13.3.08

essa semana começaram as aulas dos cursos regulares. estava particularmente ansiosa com a turma do curso "fotografia - básico". foi a primeira vez que a maioria dos alunos inscritos não tinham idéia do que era uma "câmera reflex 35mm com ajustes manuais", pré-requisito para fazer esse curso. vamos pular a parte que eu sempre relato sobre minha ansiedade em relação ao primeiro dia de aula...


explicado o que era a tal da reflex 35mm, fui indagada sobre a utilidade que essa câmera teria futuramente "uma vez que os filmes estão sumindo do mercado" (segundo a aluna). primeiro, os filmes ainda existem. não sumiram completamente. inclusive, com a queda do monopólio da kodak, começaram a surgir muitas outras marcas que anteriormente não chegavam ao brasil. não entramos no mérito de qual câmera era melhor/pior, filme ou digital, compacta ou reflex. e nisso eu acabo tendo o respeito dos alunos, já que sou da opinião de que uma lata ou uma caixa de fósforos pode gerar boas imagens. é tudo uma questão de vantagens e desvantagens...


mas eu tinha de responder à pergunta da aluna. e para tanto, eu abri um parêntese com um fato ocorrido comigo na segunda feira.


tinha uma cybershot que comprei há quatro anos. o display de pifou. recebi a triste notícia de que ficaria mais caro arrumar do que comprar outra. enrolei mais de 3 meses para repor essa câmera. no dia da compra, me perguntaram se eu estava contente com a aquisição. respondi que na verdade, eu estava com ódio. se eu tivesse comprado uma reflex 35mm naquela ocasião (4 anos atrás), e ela tivesse um defeito hoje, eu mandaria arrumar. com a tecnologia digital eu gerei lixo eletrônico. de qualquer modo, comprei uma câmera que era similar àquela de 2004 e poderia utilizar o cartão de memória da anterior. qual não foi minha surpresa quando descobri que não só o cartão tinha mudado de formato, quanto o cabo que a ligava ao micro também... fiquei com um pouco mais de raiva ainda. se eu trocasse de câmera reflex 35mm hoje, continuaria usando o mesmo filme de antes... não sei mais quanto tempo teremos fabricação de filmes 35mm, há quatro anos já diziam que o filme iria acabar...



enfins... o que mudou:

mais leve, display maior, não tem visor direto (!!!!), antes 3. 2, hoje 7.2megapixels, antes memory stick pro (256mega era a maior capacidade que tinha), hoje memory stick duo (2giga é a maior capacidade), o cabo que liga a câmera ao micro é menor do que o anterior, mas ambos usam porta usb.

quem de nós tera a câmera mais obsoleta daqui a 4 anos?

só o tempo dirá...


28.2.08

estava andando numa avenida e percebi que alguém vinha atrás de mim. diminui o passo, mas ele não "ultrapassou". estranhei. olhei pra trás e vi. minha expressão deve ter falado tudo: medo. ele rapidamente disse: não se assuste. olhei pra frente e continuei andando devagar. ele passou. falei: desculpe, mas já foi. ele: doeu meu coração. eu: mas é que é muito...
ele seguiu mais rápido. fiquei andando lentamente, mais atrás.
e pensando se não era mesmo essa a reação esperada por alguém que tem todo o rosto tatuado...

19.2.08

vestígios de um final de semana em rosa...


lençol macio
ondas claras
maremoto

11.2.08

# meu pai arranjou uma pulga. digo, um mini-cachorro.

# diálogos soltos, na rua central:
- mãe, cadê o carnaval?
- o carnaval acabou.
- é?!
- é... não dura o ano inteiro, não...

# os confetes grudados no chão duram...

# quando se tem um sonho curto, do qual se acorda bruscamente e se lembra nitidamente dos detalhes, é sinal de que deve conter informações muito importantes.

# eu quero ter folga na páscoa!

# não consigo pensar em outra coisa...

25.1.08

# sonhei que apertava o 3o. andar no elevador e batia a cabeça no teto. ele subia subia subia, depois descia em gravidade zero. aquela sensação de queda que nunca alcança o chão.

# o ano tem 51 finais de semana, dizia a propaganda... o meu tem menos da metade. e não vamos nem falar em feriados...

# uma colega fez anos... disse que até os 30 é batalha, depois é hora de materializar conquistas.

# eu espero meus pés me convidarem para a caminhada... e o convite vira quase uma imposição.

# uma amiga disse que demorou muito pra aprender a viver e que agora não pode se dar ao luxo de protelar.

# a preocupação me acordou bem mais cedo hoje.

# "o tempo que a gente perde pela vida a correr/ o tempo que a gente sonha que é chegar e vencer/ o tempo faz de nós um copo pra beber em paz/ um tempo é um momento para nunca mais/ o tempo mesmo agora fez a terra girar/ o tempo sem demora trás as ondas do mar/ o tempo que se inventa quando nunca se é capaz/ o tempo é um carro novo sem marcha atrás/ voei pra te dizer/ sonhei pra te esquecer/ eu sei não vais parar pra eu crescer/ eu sei esperei demais" donna maria

21.1.08

pão integral de pimenta e limão com molho de iogurte e hortelã


pão integral de pimenta e limão
Upload feito originalmente por simonewicca
# 250ml de água
# 1/2 colher (sopa) de açúcar mascavo
# 2 colheres (chá) de sal
# raspas de 1 limão
# suco de 1 limão
# 1 pimenta dedo-de-moça sem a semente (na proxima vou arriscar com a semente)
# 2 colheres (sopa) de azeite
# 350g de farinha de trigo
# 150g de farinha de trigo integral
# 25g de fermento biológico em tablete (ou 2 colheres de chá de fermento biológico seco)

dissolver o fermento no açúcar. coloque um pouco de água e um pouco de farinha. deixe descansar até dobrar de volume. misture a base do fermento com os demais ingredientes e coloque água aos poucos, até dar ponto de sovar. sove e deixe descansar no formato do pão até dobrar de volume. leve para assar em forno médio por ~ 40min. (eu fiz na máquina do pão: programei em pão integral, nos primeiros minutos, fui somando farinha até ficar homogênea a massa).

.:. .:. .:. .:.

# 1 copo de iogurte
# 1/2 ricota (250g)
# hortelã picado
# sal e pimenta do reino

bater tudo no liquidificador (na receita dizia pra não bater o hortelã, mas eu bati e não me arrependo) e sirva sobre o pão.

15.1.08

nó na garganta

ou gagueira?

14.1.08

# eu sou um seis. de modo geral, eu já sou uma pessoa desconfiada.

# e de repente, letra de raul virou palavra de ordem na semana.

# conserve seu medo.

# no mais, só acredito em garantia imediata.

# isso quer dizer que eu não acredito em garantia expandida... aliás.

7.1.08

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fiz esses cookies!

novo vício


novo vício
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é queném comer mingau, sempre comece pelas bordas.
em alguns momentos, não é importante ter noção do todo, basta se concentrar na parte.
cada peça é importante. mais importante ainda quanto mais difícil de achar.
o olhar fica muito seletivo. é uma obsessão de forma e cor capaz de ver, numa caixa cheia de peças, emergir exatamente a pecinha que faltava.

1.1.08


um 2008 cheio de idéias brilhantes


doce de ano novo
Com a intuito de fazer um doce bem doce de ano novo, resolvi juntar essa receita com a cobertura dessa (confesso que diminui a quantidade de açúcar, pois o chocolate branco já é bem docinho).

E voilà:


Muffin Brownie de chocolate (com cobertura de chocolate branco)

# 300g de farinha de trigo

# 2 colheres de chá de fermento para bolo

# 35g chocolate em pó (do padre)

# 75g de açúcar

# 2 colheres de sopa de manteiga derretida

# 95g de gotas (ou pedaços) de chocolate

# 75g de pistache picado (acho opcional ou substituível por outra semente, tranquilamente)

# 125ml de nutella (usei ~ 2/3 daquele copo pequeno)

# 1 ovo batido

# 180ml de leite em temperatura ambiente

# 125g de iogurte natural

(confesso que se não fosse aquele copo graduado, não faria essa receita... normalmente não me arrisco nas medidas em gramas, não tenho balança de cozinha... essa foi uma receita teste para ver se o copo resolvia... resolveu!)

Misture os ingredientes secos. Misture os ingredientes molhados. Derrame os molhados nos secos e misture sem bater. Coloque em 12 forminhas. Forno a 200oC ~ 20min.


Cobertura

# 75g de chocolate branco

# 1 colher (sopa) de manteiga

# 60g de iogurte natural

# 1 colher (sopa) açúcar de confeiteiro

# chocolate em pó para polvilhar

Derreter a manteiga com o chocolate (fiz no microondas). Deixe esfriar. Juntar o iogurte misturando bem. Por último acrescentar o açúcar. Deixei um pouco na geladeira, antes de cobrir para não ficar escorrendo. Essa mistura cobriu 9 bolinhos - os outros 3 o namorado já tinha devorado antes ; )